Ele chegou assim. E me ganhou no ato.
Eu não sei direito quando o John nasceu, gato de ong é assim, eles vem só com uma história triste e uma idade aproximada. A história dele é igual a de um monte de outros gatinhos por aí, a gata de alguém teve gatinhos, a pessoa não quis e jogou fora, encontraram ele e a irmã dentro de um saco, resgataram e colocaram no site, prontos pra adoção.
Só quem viveu comigo o final de 2012 e começo de 2013 sabe como eu estava emocionalmente devastada. Entre uma auto estima que eu começava a reconstruir e todas as mudanças que me via obrigada a enfrentar, mudei de apartamento e decidi adotar um gato. O dono do meu apartamento cuidava de uma ong. O John estava lá.
Era dia 28 de fevereiro, um dia depois do meu aniversário e nós fomos assinar meu contrato (já levando a caixinha de transporte, o dono do apê tinha muitos gatos prontos pra adoção e iria me confiar um), enquanto meu pai cuidava da coisa chata, eu me sentei no chão e comecei a brincar com os gatinhos, entre um e outro que se aproximavam, o John veio com sua delicadeza característica (sempre) e subiu no meu ombro, coloquei ele no chão e levantei pra ver outros gatos um pouco depois ele, insistente (sempre), escalou minha calça (deus abençoe que eu estava de jeans nesse dia), minha camiseta e voltou pro meu ombro de onde, como vocês já devem saber, eu não deixei que saísse nunca mais.
Pouca gente entende eu achar tão importante o primeiro ano de um animal. Pouca gente também seria capaz de entender o relacionamento que eu desenvolvi com o John. Menos pessoas ainda entenderiam a gratidão que eu tenho para com ele. Os primeiros três meses dele foram no meu colo, os primeiros três meses dele foram me fazendo levantar, os primeiros três meses que ele passou em casa, foram dele me ensinando que eu podia ser de novo, que eu estava pronta. Foi uma ligação tão intensa que se formou, que eu não imagino mais minha vida em São Paulo sem o John por perto.
Esse mês (ou começo do mês que vem, não dá pra saber ao certo) meu neném faz um aninho. Eu não vou comprar mais a ração de bebê e logo (espero que não tão logo assim), ele vai deixar de ser demoninho pra ser um gato gordo e dorminhoco, mas o amor que nós temos... Ah, o amor que nós temos... Esse dura muitos aniversários ainda. :)
Um comentário:
sobrinho mais lindo! <3
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