quarta-feira, 21 de março de 2018

Sobre Dez Anos

Eu vi que esse blog começou a existir em 2007. Em 2007 nós estávamos no Interação, vcs queriam fazer um jornal da escola e eu jurava que ia ser jornalista.


A Lídia que me fez relembrar a existência desse blog, mas mesmo walking down the memory lane, resisti fortemente ao impulso de procurar meus textos antigos. É bem difícil relacionar a Ariadne de hoje com a Ariadne que eu fui onze anos atrás.

Acho que todos entramos na idade da nostalgia, e creio que também é normal. As pressões da vida adulta estão aumentando. Eu estou prestes a me formar (amém senhor que ano que vem o diploma sai), tentando me firmar na minha carreira (e já pensando em ser diretora, dona de escola, trabalhar na Avenue...) e no namoro mais sério que eu já tive na minha vida. A maioria aqui já está formada, sei que tem gente já casada e com filho, a maioria já saiu da casa dos pais ou está querendo sair de vez, quer levantar as asas e pagar as próprias contas (bom, querer ninguém quer, mas tem horas que o relógio apita que a hora está chegando e é difícil ignorar).

Nessas horas é que a gente olha pra trás. Olha pros amigos que ficaram pelo caminho, pras pessoas que nós gostaríamos de reencontrar, pra todo mundo que passou a tarde no msn com a gente quando o nosso único medo era o Joãozinho assoviando no corredor.
Eu não tenho mais o mesmo ímpeto e a força de meter o louco que eu tinha em 2014 quando fui trabalhar na Turquia, eu confesso que 2018 tem sido mesmo o ano de agrupar lembranças e tentar juntar as que me tornaram quem eu sou hoje.

E é por isso que eu resolvi escrever aqui. Todo mundo que está aqui (em maior ou menor escala), me ajudou a ser quem eu sou hoje. Vocês estiveram em uma das fases mais importantes da minha vida. Não sei se vocês já assistiram Conta Comigo (ou leram o conto do Stephen King), mas em determinado momento o narrador diz que você nunca terá amigos como teve aos 11 anos. Eu expandiria, porque aos 11 eu não tive amigos, mas entre os 13 e os 16... Ah não, nenhuma amizade conseguiu ser igual. Crescer junto é fantástico, e eu só posso ser grata por ainda ter a Lídia no meu whatsapp e conseguir ver como nós mudamos, como nós amadurecemos e como nós estamos prontas.

Agora que eu já andei pela memória e mergulhei na nostalgia (e que puta frase brega, senhor), eu queria agradecer quem ler por aqui. Quem de certa forma contribuiu para os caminhos que eu tomei, vocês todos que estiveram presentes nos anos que ajudaram a definir quem eu sou hoje, onde eu estou hoje. E obrigada ao Chala por ter revivido isso aqui (e ter feito com que eu revivesse enquanto lia), eu realmente sinto a sua falta :)

2 comentários:

Chala disse...

Ótimo de ver, ou melhor, te ler, Ari!
Também sinto sua falta! =]

Cauê Chu'bS disse...

eu diria que (pra mim) não é nostalgia. mas eu sou um chato que não sabe o que sente. então não sei.

também tenho medo de fazer declarações de amizade muito profundas, porque às vezes me questiono se eu tinha amigos. não por vcs, por mim, sabe? será que eu era próximo de verdade, ou eu só respirava o mesmo ar e me grudava em vcs porque era mais fácil

lendo os meus textos antigos, eu era um babaca, sei que eu não era só babaca, havia algo de legal ali. mas, deus, como eu era babaca

mas acho que eu vivo pra esquecer. eu venho no blog pra lembrar de esquecer o que passei. no fundo nada faz sentido

e eu podia ter escrito outro texto, no lugar desse comentário, mas sei lá. muita bad vibe