quinta-feira, 4 de outubro de 2007

15 anos (parte 2)

Ninguém sabia porque aquilo tinha acontecido. Todos procuravam por explicações que as matérias dos jornais não davam. O máximo que se sabia é que aquela menina linda de apenas 15 anos tinha sido encontrada no escritório do pai com a cabeça aberta, os olhos verdes apagados e um sorriso estranho no rosto. As fotos antigas de família mostravam uma garota feliz, a mãe só sabia perguntar porque, o pai tentava procurar explicações para aquilo, o namorado há dias só chorava e os irmãos... esses coitados, mal sabiam o que acontecia... Um dia, vasculhando pelo quarto da filha, a mãe encontrou um diário, coisa antiga, mas ela pensou que pudesse ser uma pista. Se pôs a ler aquilo e viu que o sorriso da filha não era tão alegre quanto todos imaginavam que fosse, em alguns trechos ela contava da viagem para Londres e sobre como toda aquela vida parecia fútil para ela. Colocou relatos sobre festas que frequentava e sobre como estava enjoada daquela felicidade descartável, por último, uma folha sem data, escrito bem grande um “adeus” e logo embaixo um “as pessoas veêm o suicidio como um ato de covardia, ultimamente eu tenho visto como a coisa mais corajosa que poderia fazer.” Pela primeira vez desde o dia que encontraram o corpo da filha, chorou de verdade, não sentia raiva da sua menininha de cabelos loiros, sentia raiva de si mesma. Os sinais eram claros, ninguém quis abrir os olhos para vê – los.Pela primeira vez em muitos dias, a mãe realmente desejou que a alma da filha descansasse em paz.

PS: pessoas, eu não estou problemática e eu não pretendo cometer suicidio, ok? se eu quiser fazer isso prometo que marco com todo mundo pra que vcs possam ver na webcam e colocar no youtube e em seguida no seu orkut, ok? :D

Um comentário:

Louie Mancini disse...

oi, Ári!
esta segunda parte ficou melhor do que a primeira!