terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Black Rain

Arthur acordou da escuridão com o som de chuva, protegido por um pequeno telhado a chuva não o molhava. As nuvens deixavam a manhã quase tão escura quanto a noite, e a chuva amenizava o calor da segunda-feira de verão que começava. Ele pensou " Nada melhor do que dormir com som de chuva nas férias." virou para o lado e adormeceu com um sorrisso nos lábios. Arthur sonhou com sua ex-namorada, sonho que apesar de o atormentar ainda o agradava bastante, esses sonhos o faziam lembrar da época boa juntos e de quão agrádavel foi o inverno daquele ano. Quando o sonho acabou ele lemtamente se levantou, um cheiro desagradável de cinza molhada tomava o ar por completo, quando Arthur pos o pé descalço no chão molhado lembrou onde estavá. O despertar não foi nada agradável, uma sensação de nojo o invadio quando ele percebeu algumas baratas fugindo do seu pé, e a aguá preta que escorria do mesmo. Ele se levantou e foi até o final do telhado que o protegia da fria chuva, esticou a mão e deixou que alguns pingos caissem sobre ela somente para perceber que junto com a chuva uma quantidade enorme de cinzas caia, transformando-a em uma chuva negra. Ele voltou e caminhou a até o banco que servirá de cama, se sentou com as pernas cruzadas, de frente para a chuva e para o parapeito que revelava uma visão decadente de uma cidade totalmente cinza e esfumaçada. Uma cidade silênciosa. Parecia que o Terror havia passado, agora a grande questão era lidar com as consequencias. Haveria ainda algum poder? ou pior haveria ainda alguém? Arthur havia acabado de acordar e já se sentia exausto, parecia que o peso do mundo estáva em suas costas, mas na verdade era somente o peso da sobrevivência. A chuva começava a ceder quando a curiosidade de Arthur o tomou por completo, ele caminhou até o parapeito e se debruçou sobre onde ontem ele havia pensado em suicidio. A cidade que aparecia diante de seus olhos não era a cidade que ele conhecia, havia lixo por toda a rua, muitos carros batidos mas nenhum circulando, mesmo do terraço de um prédio de 10 andares era possivel ver a quantidade de vidro quebrado e de sangue no chão e as várias pessoas que circulavam quietas, com cabeças baixas e seguindo em direção aleatórias. Arthur recuou rapidamente quando avistou as "pessoas", mesmo a uma distância intransponivel de 35 metros na vertical ele sentia medo delas. Muito medo. Ele respirou fundo e cadenciadamente, começou a se acalmar para voltar a olhar a situação lá de baixo, quando do prédio a frente alguem o avistou. Arthur começou a balançar os braços e sorrir, finalmente algum contato humano. A pessoa chegou perto da janela quebrada e cheia de sangue da cobertura do prédio da frente e esticou os braços. Arthut não entendeu aquela reação, mas não se emportou e continou tentando fazer contato e pensando no que diria. Quando ele decidio gritar, a janela da cobertura cedeu e o individuo caio do 11º andar . Tudo foi muito rapido e o barulho semelhante a um saco de merda caindo no chão fez Arthut recuar até sua "cama". E mais uma vez, a conclusão que ele conseguio chegar foi a de que: Agora era ele contra o mundo.

11 comentários:

lídia disse...

Tenso,senti nojo com ele.
Lhamo,acho que mês passado conversando com o Chubs,ele fez uma pergunta que fiquei pensando.
O que acontece depois do holocausto zumbi?eles se comem literalmente até todos morrerem ou de repente surge um instinto de preservar a espécie e eles procriam e fundam uma 'sociedade'?

Purple-Headed Tang Chasa disse...

Não, eles não tem estinto de coletividade, o único estinto que eles tem é o de se alimentar e eles não se allimentam de carniça só de carne "quente".

Kryan Simmons disse...

EStinto de coletividade??

Purple-Headed Tang Chasa disse...

esse eu tenho desculpa, eu tava dando uma pausa no estudo enquanto testava a internet do CEL de um amigo meu ...

Cauê Chu'bS disse...

bom...
legal
mas esse texto me lembra que vc já tinha começado um holocausto zumbi com o Arthur e me leva a perguntar (cobrar na verdade)
se vc pretende fazer uma sequência, ou se só o começo o agrada =P
mas tá loko (Y)

Cauê Chu'bS disse...

e tbm
acho que vc esqueceu do seu blog =P

lídia disse...

Ou seja após um holocausto zumbi,tudo vai a cabar porque eles não têm INStintos de preservação de nada,portanto vão acabar com a única comida que têm.Se começamos a brisar isso até parece uma metáfora de preservação ambiental..
E acho que esquecer do próprio blog não é difícil,d´tanta preguiça de postar coisas diferentes em lugares diferentes.Aqui,uma hora ou outra,alguém comenta..acho mais divertido do que o meu.

Purple-Headed Tang Chasa disse...

É, um holocausto zumbi não é algo que dure pra sempre, eles é algo que uma hora ou outra "acaba", tanto por que eles não regulam sua comida e tanto pq eles tão mortos e estão se putrefazendo. O real terror está na parte de Holocausto, é o extremo de situações extremas. E eu gosto de situações extremas.

Chu ... esse texto é uma continuação do outro, só que ainda no mesmo momento.
E eu não esqueci do meu blog eu meio que abandonei, praticamente pelo que a Lidia falou.

nadamuitoriginal disse...

Finalmente li!

Cara! Me deu um arrepiozinho...Espero que nunca chegue esse momento, me lembrou (não sei porquê) 1984.

Purple-Headed Tang Chasa disse...

1984? Eu li "recentemente" 1984 talvez tenha tido alguma influência sobre meu estilo.

Quão auto-indulgente sou eu criticando meu estilo, me baseando no meu histórico literário.
(essa frase tem tantas referencias a minha pessoa que ta até me assustando.)

nadamuitoriginal disse...

hahahahahahahahahaahaha!