* som de quando se está submerso * um, dois, três, quatro....
Tchuáááááá! * respiração ofegante *
Molhada, de suor, levanta de um sonho. Quarenta anos de vida; de sonhos; de experiência ou de aparência? Não sabia, e quem sabe?
[Chega de perguntas para um texto narrativo]
É fato que ela tinha uma casa (não própria), um cachorro (de rua), alguns móveis (velhos), um carro (aos pedaços), um emprego (chato) e talvez alguém que a amasse. Mas naquele dia duvidou de tudo aquilo, se tinha um objetivo para ter essas coisas o perdeu pelo caminho. Resolveu então procurar.
Já era tarde, em torno de onze horas ou duas, quando pegou sua mochila da moda e saiu para rua. Destino: objetivo. Foi para o último restaurante que entraria na vida, sentou no lugar mais improvável e chamou o garçom. Estava com muita fome.
- Oi....é, boa tarde, moço. Queria pedir comida...aahhhn...traz... * pausa consideravelmente grande para uma fala normal* opratoquevocêpediriaseestivessenomeulugar. É. É isso...traz isso pra mim...por favor.
Renato, que naquele dia tinha fumado uns antes de ir para o trabalho, demorou para assimilar aquele pedido, mas gostou da proposta (talvez por estar muito louco) e aceitou participar desse jogo. "E agora?" Que grande responsabilidade foi dada a ele sem uma prévia ou preparo. Havia anos que não comia mais em seu trabalho, tudo já não tinha gosto, tudo igual. Alguns minutos pensando entre pedidos e entregas lembrou de já ter gostado muito do escondidinho. Era isso: o prato escolhido.
Ansiosa esperava por algo que não sabia o que era. E se viesse algo muito estranho? "Ai droga...por que que fui fazer isso? Já vou ligar pra minha mãe pra me despedir. Fato que não passarei de hoje, intoxicação alimentar na certa e das fortes..."
[Tchubicontinuédi...]
2 comentários:
Tava com saudadesa dos seus folhetins rsrsrsrrs
'Tchubicontinuédi'....muito bom!
Quero mais. Acho que ela é vegetariana.
=S
Postar um comentário