terça-feira, 29 de novembro de 2011

e agora, bernadete?

é isso ai, mais um ano acabou sem eu saber o que eu quero. nao tenho a menor ideia do que eu quero pra minha vida nesse momento. nao sei se quer contábeis na UEL ou na UFPR, nao sei se quero estatistica de novo, mas dessa vez aqui no estado de sao paulo mesmo, nao sei nem se quero acordar amanha...
sao 6:40 da madrugada, eu estou de férias, cheguei de um churrasco em plena segunda feira as 2 da madruga pseudo-bebada pensando que assim eu ia finalmente dormir por uma noite inteira, mas nao, ja faz mais de uma hora que eu to acordada. nao consigo dormir de jeito nenhum, nao posso ligar a tv senao me mandam pras aulas de revisao da escola e to com uma puta fome.

queria poder falar tudo o que eu to sentindo e pensando, mas vai ter muita gente que vai entender merda e eu nao quero isso, etao vou parar por aqui mesmo e que se foda u.u

(ok, foi um desabafo que eu precisava fazer)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

História de folhetim. Título: O mundo sobre ela. #2

[continuando]

Depois de muita espera, o prato chega. A mãe que ainda estava na linha não entende porque tanta afobação, e continua falando interruptamente sobre suas teorias de como sua filha pode parar de ser tão ... Só que nesta hora ela já não a ouvia. Disse: "mãe tenho que desligar. beijotchau". Desligou.
Comeu com tanta vontade aquele prato. Estava tão... FANTÁSTICO. Terminado, ficou ainda alguns tantos minutos parada, saciada. Pagou e saiu.

Renato acompanhou toda essa encenação como se fosse um filme ou novela da realidade, até ela sair sem ao menos dar um sinal de agradecimento.

Atravessou a rua, andou, olhou a calçada, as pessoas, as casas. Já era tarde pra começar a trabalhar e tudo estava maravilhosamente bem, sem motivo algum. Foi para uma praça do outro lado da cidade, lá tinham crianças bonitas chorando, animais não domésticos domesticados e todo um universo paralelo que existe num dia de semana a tarde. Nessas caminhadas de um banco à outro tropeçou numa pomba.

[depois continuo aqui mesmon]

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sem querer e aos poucos, descobrindo

    Retorno à toca. Sinto-me minúsculo, mas cheio de peso sobre os ombros. Peso que não conheço, não sei onde pôr ou como segurar.
    Merda!
    Percorro exausto o enorme trajeto da porta da frente até o quarto, onde atiro-me na cama, que me recebe dura e desconfortável. A cabeça, respeitando um lento e doloroso ritmo, pulsa um sangue sensível que me lota a atenção e desperta dor. Aflito, sofro náuseas e tontura.
   Abrem-se então as torneiras dos olhos e parte daquela força para baixo consegue sua rota para fora da minha carne. Ainda desconheçendo a natureza do que se passa e me esmaga a razão, tenho a sorte de desmaiar. Quem sabe agora poderia sonhar em até compreender o ocorrido, liberto finalmente daquele estado penoso e, o pior, ignorante.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Noite Interrompida

OBS pré-texto:AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!
não se assustem,isso era só pra quebrar a monotonia,agora vem o texto.

 -Você fica linda brava- elogiou. Ela o encarou através do espelho aumentando ainda mais o bico e fazendo: 'UNF!'
Não, a terceira pessoa não vai servir.
Ele me olhava de um jeito provocante, convidativo, querendo que minha reação fosse mais do que um suspiro contrariado. O nome do rapaz era Rogério, já nos conhecíamos há algum tempo e sempre senti que havia um clima entre nós. Há dois meses assumimos e ele era o namorado da ocasião.
A ocasião poderia ser o momento em que escrevo sobre meu mau humor. Mas não é.
A ocasião que causou meu mau humor foi no sábado (hoje é quarta), fim de tarde. Estava na janela admirando o quase inexistente movimento da rua. O maior foco de movimentação era de um bar, meu vizinho da frente. Na verdade, o bar é mais uma fachada, trata-se de um puteiro. As trabalhadoras estavam chegando, trocavam algumas palavras com cara do caixa e sumiam nos fundos do bar. “Quero escrever sobre isso um dia”, pensei. Já começava a imaginar uma história quando vi o homem do momento chegando.
Rô chegô. Subiu. Quando desejamos nos comportar marcamos encontros sociais. Ele tinha ido me visitar, nossas intenções estavam bem longe da pureza.
Não acho necessário descrever em que ponto estávamos quando a campainha tocou.
Meu primeiro pensamento acertava sobre quem estaria na minha porta naquele sábado. Para efeitos de mistério saibam que os amigos mais próximos sabiam que não era um sábado social. Excluindo a possibilidade de ser um problema súbito e grande o suficiente para interromper um casal, a resposta estava clara: meus pais.
Quando eles lembram que a filha caçula não se encantou com a herança que vão deixar e não tem uma profissão ou fez faculdade e vive em nível social abaixo deles, meus pais sentem que é hora de enfrentar o problema e vêm ao centro da cidade. Ou seja, vêm ao meu lar doce lar, alugado.
E pela primeira vez em quatro anos de rebeldia eles se encontraram com um namorado. Claro que foi horrível. Nem a ironia, minha fiel companheira, agüentou. Fugiu pela janela.
Mas não houve gritos. Eu e Rogério de um lado, enrolados em toalhas e o casal classe média alta com uma pizza nas mãos do marido, do outro (meus pais portavam uma pizza gigante, meia tomate seco, meia calabreza e pretendiam me levar ao cinema).
Apresentações (na medida em que as toalhas permitiram). Ficamos alguns instantes calados, sem saber qual o próximo passo.
Então mamãe deu o próximo passo: ‘Espero que ele tenha um bom emprego’. Imediatamente papai começou a discorrer sobre a importância de um relacionamento sólido, o nosso deveria ser assim, compartilhava do desejo de mamãe (que ele tivesse um bom emprego) e que esperava o convite do casamento, já que lhe parecia que havíamos vivido de maneira bastante intensa e devíamos sossegar.
Continuaram falando, mas deixei de prestar atenção, passei a focar na vontade de evaporar. Quem sabe? Com muita fé, coisas impossíveis acontecem...
Também comecei a acreditar que essa indignação fosse positiva, talvez eles desistissem e fossem embora. Infelizmente, acho que a Lei da Atração, o Segredo, milagres, não funcionam pra mim.
Em algum momento do discurso, papai colocou a pizza em cima da mesa, mamãe aproveitou esse movimento para entrar na cozinha, perguntando se tudo ainda estava no mesmo lugar. Papai sugeriu que nos vestíssemos para jantar.
Jantar que foi o mais silencioso da História. O gato comeu minha língua e cordas vocais, não sabia o que nem queria dizer nada. Meus pais trocaram algumas palavras com Rogério, mas no geral comemos em silêncio, a tensão era palpável.
Finalmente foram embora.
E foi então que me olhei no espelho e Rô disse que ficava linda brava, me convidando a continuar nossos planos.
Aceitei o convite.
Ele ia e vinha, eu ia e vinha, vinha e ia... Mudávamos de posição, sentíamos prazer. Quer dizer, ele e meu corpo. Minha cabeça sentia fluídos circulando, que os entendidos chamam de hormônios. Eles proporcionavam agradáveis sensações. Mas eram incompletas, como se a cada cinco minutos a campainha tocasse.
Ela virou o símbolo da invasão do nosso mundo. E um a invasão inútil e moralista. O telefone é uma invenção tão popular, evitaria tantas noites interrompidas.
Pensava nisso enquanto meu corpo e Rogério gemiam de prazer.
Acabou. Éramos dois corpos jogados na cama, satisfeitos. ‘ A noite é mesmo uma criança...’, disse ele bobo de prazer. Explicou que apesar de tudo, conseguimos aproveitar nossa noite. Com a excitação ainda correndo em meu sangue e aquele homem delicioso e lindo falando sobre a noite,huum! Se minha cabeça não acompanhara da primeira vez com certeza deixou tudo de lado na segunda. Só me lembro de ter ficado muito excitada com o comentário e começar a beijá-lo, por todo o corpo, deixando claro o que queria. Depois disso, lembro de gemidos, contorcionismos, suor, barulhos da cama e prazer, muito prazer.
Acordei com meu homem da ocasião beijando minha barriga. Quando viu que tinha me acordado, disse: ‘ Vem, vamos tomar um banho, o domingo também é uma criança’. E eram três horas da tarde.