quinta-feira, 7 de abril de 2011

Enxergando o caminho

Faz um tempo que tava afim de escrever no blog e o fato de ser 3 horas da manhã e eu ainda estar trabalhando e estudando fez com que eu quisesse dar uma pausa e jogar palavras ao mundo, o que tenho feito pouco ultimamente. Esse ano me encarreguei de fazer muito mais coisas do que ano passado: como de praxe, o 2º ano da faculdade é MUITO mais difícil que o primeiro, além disso ano passado me engajei num projeto que só termina, no mínimo, em setembro deste ano(é um evento para empresários juniores[google it], com +- 2500 pessoas) e que me suga cada vez mais energias e sendo muito inteligente entrei num trabalho de realização de um periódico daqui da universidade, que é simplesmente o maior periódico que conheço( e olha que conheço todos do Brasil da minha área, já que trabalho estudando-os). A cereja do bolo fica por conta de um programa para desenvolvimento de consciência sustentável que ocorre durante todo esse primeiro semestre. Na verdade, ainda existe um chantili, eu moro em uma semi-comunidade, onde todos trabalham para o funcionamento da Casa, é difícil de explicar em poucas palavras, mas basicamente: é um trabalhão! Ainda mais que pra desde outubro do ano passado virei diretor.
Ufa! É extremamente cansativo escrever tudo isso sobre minha vida, já que eu mesmo não tenho mais vontade de relembrar cada uma dessas tarefas. Mas pra deixar claro, eu adoro estudar Economia, morar em Curitiba, ser um empresário júnior, um talento verde e um celuense. Mas tudo isso cansa. Não que eu vá largar tudo de repente, longe disso. Mas já estou transbordando todas essas coisas.
O que me tira sempre o sono é que eu faço todas essas coisas pra tentar extrair o "máximo" de mim. Pra que em cada ano eu seja uma pessoa melhor e talz... Mas essa é uma verdade que é difícil acreditar a todo o momento. Olho pra essa foto e penso: Qual é o meu sol? Aonde eu quero chegar? Eu achei que sabia responder essa pergunta. Mas ultimamente não sei dizer quais são meus valores. Não sei dizer, por exemplo, o quanto o dinheiro faz diferença na minha vida e o quanto eu quero que ele faça no futuro. Tenho a sensação de que eu posso morar em qualquer lugar do mundo, que se eu me planejasse em alguns anos poderia estar morando em qualquer canto da Europa, Estados Unidos ou qualquer lugar do 1º mundo. É uma sensação estranha, a de estar totalmente no controle da sua vida. Eu consegui mudar tanto a minha realidade da maneira que eu acreditava certa que agora não sei o que fazer com isso. Se eu posso ir pra qualquer lugar, aonde eu irei? Se eu posso ser quem eu quiser, quem eu quero ser? Sendo o máximo crítico que posso comigo mesmo, não sei responder essas perguntas. E pensando no porque disso acabei descobrindo que eu não sei quem sou e não sei até que ponto quero saber. São tantas pessoas, tantos livros, tantas experiências, tantos filmes, músicas, shows, viagens. Nada disso tem um padrão. E deveria? Sei lá.
Há pouco tempo atrás me senti fisicamente no topo do mundo ao subir nas nuvens num morro a 1.400 metros em Santa Catarina(lugar fantástico, diga-se de passagem). E de lá, olhando as nuvens, e com esses pensamentos já na cabeça, decidi que a partir de dali além de dar menos importância no que os outros pensam de mim começaria dar menos importância ao que eu penso de mim. Sei que isso soa estranho. É que to cansado de mim mesmo, sendo tão crítico, tão exigente comigo. Claro que não consigo fazer isso da noite pro dia. Mas o esforço começa agora. A minha consciência já me salvou de diversas coisas. Vou tentar colocar ela pra descansar. Quem sabe com 30 anos ela não seja mais útil. Agora já acho que sobrevivo sem ela. Resumo da ópera, Não! Não sei exatamente quem sou e aonde quero chegar. Só estou de passagem, observando e aprendendo a beleza dessa dialética tão irônica e coesa ao mesmo tempo.

10 comentários:

lídia disse...

Essa dúvida também tem boiado pra lá e pra cá na minha cabeça,ultimamente.Acho que você está certo em deixar isso de lado,as vezes é importante deixar certas questões de molho.Pra mim,se não consigo responder a uma pergunta no momento é porque ainda não estou madura o suficiente pra enxergar a resposta(especialmente no caso dessa pergunta em particular que talvez necessite de mais maturidade até espiritual)

lídia disse...

E talvez a resposta(quem sou eu?) venha do nada =)

Chala disse...

Belo texto, rapaz! Sinto o sufoco que você descreveu aí o tempo todo, quer dizer, as dúvidas de 'o que eu quero' envolvem outro contexto, mas a natureza dessa pergunta acaba sendo parecida... acabou me ajudando a refletir sobre isso a tua 'jogada de palavras ao mundo' haha xD gostei mesmo!
...por mais que a intenção não tenha sido gostar ou não rsrsrs

Chala disse...

digo, por mais que a intenção não tenha sido agradar ou desagradar!
sei lá, I think you got it ^^

Purple-Headed Tang Chasa disse...

Parabéns Bruno !!!

Eu acho que numca me perguntei "Aonde ele quer chegar com tudo isso " por que vc sempre pareceu muito seguro de si pra não saber, mas é bom que vc tenha se perguntado com sinceridade, por que acho que essa é umas das perguntas mais importantes da vida mas mesmo assim ela não precisa de uma resposta, ela só precisa ser perguntada com sinceridade por que de outro modo vc acaba num piloto automatico que no fim da em lugar nenhum.

Sinceramente apesar de vc estar " em crise" eu to feliz que vc esteja assim, já que isso sim é amadurecimento.

Kryan Simmons disse...

Valeu galera, também gostei de compartilhar essa "crise".

Ariadne disse...

de acordo com o Edu, em uma das muitas conversas q eu tive com ele, ele estava até hoje sem saber o que queria da vida, então o que você está passando não é tão anormal assim ^^
e pensa pelo lado positivo, você pelo menos já começou alguma coisa, e eu que já estou no segundo ano de cursinho sem a mínima ideia do que eu quero (mentira, eu não quero nenhuma engenharia, já é um começo)

nadamuitoriginal disse...

Demorei pra ler mas veio em boa hora... foi uma dica e tanto ler sua crise. =)

(queria discutir das coisas com você que nem na época da biblioteca...)

Kryan Simmons disse...

Bons tempos de biblioteca!

Priscila Pozzoli disse...

Olha o photoshopê!!!!