sexta-feira, 8 de abril de 2011

Noite tensa.

Não saber o que sentir
Não saber o que fazer
Não ter com quem contar
Já é tarde?
Egoísmo? Insegurança? Ingenuidade?
E agora? O que será?
Essa é justificável? Explicável?

Medo... da minha mente
... da verdade
... do mundo
... das possibilidades
como tudo isso ironicamente se encaixa...

Pensamentos condensados atraem mesmo?

O "e se" que parece um instante suspenso...
Me perdoarei pelos desperdícios cometidos, pelas possibilidades imagináveis?
E agora, quem governa o futuro?
Como estão todos os outros futuros possíveis?
Posso escolher o mais fácil ou mais bonito?

Já vejo um futuro absurdamente inenarrável.
Que não quero imaginar.

Espero não ser profecia, e sim, apenas, e só apenas, agonia besta de quem inventa uma solidão ou tristeza para afastar o tédio das incertezas.

A imaginação aflora numa hora que não gostaria de sua presença.

Nem escrever consigo mais...
Cheiro, gosto e certeza que algo ruim já aconteceu...nada a fazer...

Luz acesa não diminui a culpa, nem a preocupação.

3 comentários:

Kryan Simmons disse...

O texto acabou me lembrando da tragédia de ontem no Rio. Gostei muito da "agonia besta de quem inventa uma solidão ou tristeza para afastar o tédio das incertezas". Aliás, acho que blog está esquentando denovo, finalmente!

lídia disse...

Medo... da minha mente
... da verdade
... do mundo
... das possibilidades
como tudo isso ironicamente se encaixa...-> gostei dessa parte,já senti isso e também gostei da 'agonia besta...'.A poesia ficou tensa como a noite...(comparação meio fail)
Sim Bruno,parece que nossas férias finalmente acabaram =D

nadamuitoriginal disse...

Valeu povis!
Cara, tinha sido realmente uma noite tensa, foi bom registrá-la.