sábado, 9 de janeiro de 2010

Dois em Um.

Imagina a cena: telhado típico de escola, aquele que é um conjunto de ondinhas que também sempre está presente em quadras e galpões. Então, eles formam uma imagem urbana quando estão juntas com pombas, ou não, podem pertencer à imagens pacatas daquelas cidades de interior que só tem uma escola. Essas pombas exatamente nesse telhado, não pode ser de jeito nehum em outro, me faz ter a sensação de que são uma representação de humanos, não, da humanidade em geral. Tão sujinhas e perdidas... Pulam os vãos da telha. Ora se juntam a outras como que fofocassem, ora saem voando para um canto isolado. Ciscam algo perdido. Estão ali sem fazer nada, só andando de um lado para o outro com um ar de importância como se por algum motivo pudessem algumas vez se destacar no mundo. Uma mistura de ratos com galinhas, mas com um olhar de caridade típico. Fazem nada, como humanos num feriado. *** Aproveitando que já comecei a escrever... Essa reflexão que ia para um e-mail que ia escrever há dias mas acabei não fazendo... Uma das coisas que me deixam mais incomodada, não seria essa palavra a certa... É ir numa exposição. Não por ter que esforçar a mente, ou pelas passoas com cara de paisagem ou por conta das lanchonetes dos museus serem tão caras como se todo mundo que gostasse de arte fosse rico (tudo bem que na teoria é). E sim, pelos seguranças de seção. Mal você pisa num novo ambiente, já vem alguém atrás só observando se seus movimentos não são ilegais. Concordo totalmente com a função deles, vai que resolvo rasgar telas, lamber, sentar, pisar ou colocar chiclete em uma... A questão que me incomoda é de eu estar num momento tão íntimo de reflexão. E a pessoa ali ao meu lado, sinto como se fosse uma cumplicidade de reflexão e logo vem a decepção, não, não posso ficar feliz e contar o que achei daquela obra, chamar pra tomar um café depois para discutirmos melhor. Ela ( apessoa segurança) está ali a trabalho. Não é tão íntima quanto você sente ser... É isso. E sim, já tentei puxar assunto com eles. A maioria responde atravessado e quando dá certo depois dá um clima estranho de conversa que acabou e você não sabe o que falar. Mas um dia ainda fico amiga de um segurança de exposição.

4 comentários:

Purple-Headed Tang Chasa disse...

referente ao primeiro: no fundo ... ou na superficie mesmo , somos animais e tirando crenças e conceitos e concessões da sociedade estamos aqui para sobreviver e conseguir fazer nada o máximo de tempo possivel.
Ontem estava vendo 2012 e não conseguia parar de pensar... Sobreviver pra que ?... pra continuar uma espécie que decadentista que só destrói por onde passa ?? e pior, fazer isso num mundo fudido... não pra min ...


referente ao segundo: ... infelizmente eu sou uma das pessoas com cara de paisagem e ... numca reparei nos guardas... mas gostei do seu auto desafio de ficar amiga de um segurança... eu ja pensei em trabalhar de segurança o que prova que podem existir seguranças legais ( hoje a autoestima ta lá em cima =P )

Cauê Chu'bS disse...

passo na facul neh? xDD

gostei d ambos e penso um poko q nem o Lhamo
eh uma ideia tensa falar com um segurança no meio do expediente e isso me lembra dum rolo meu (pa varia)
mas isso pede outro post =D
(vivo prometendo posts e quase nunka posto neh? xD)

Priscila Pozzoli disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Priscila Pozzoli disse...

Chuu....vc foi irônico na tua frase " quase nunka posto neh? xD)" , né?

Gi, O-D-E-I-O seguranças de exposições.
Meu Deus, que criatura inoportuna é essa.
Dá vontade de dizer:
"Poderia ficar parado no seu devido lugar? Os seus olhos não podem me acompanhar? E , por favor, seja mais educado quando me pedir algo. Não vou lhe responder rispidamente igual ao seu tom de conversa."
=s