Já na Quarta, Diego estava em mais um devaneio no intervalo esperando que algo acontecesse, quando foi tomado de uma inspiração para falar com Letícia. Não sabia ao certo o que dizer, mas ia dizer algo. Olhou pela janela do corredor, ela não estava no pátio. Deveria estar subindo as escadas, pensou, o que faria agora? Esperaria que ela aparecesse, ficaria em seu caminho e diria uma frase feita bonita e de efeito, para que ela pensasse que ele era alguém inteligente. Não, é claro que não daria certo. Suas pernas tremiam agora, ela poderia já estar chegando ao corredor, poderia ter faltado! A mente de Diego travou por um nanossegundo. Seria possível que justo no dia que ele se sentia tão certo de que falaria com ela, ela faltara?
– Oi, Dí – Afinal ela viera. Estava ali, passando por ele, sorrindo para ele.
“Diga algo!” pensou.
– Letícia... – Chamou com a voz fraca e um pouco baixa demais. Abriu a boca para chamá-la novamente, mas não pode. Ela se foi.
– Não fica assim, Di. – Disse Ariadne quando desciam as escadas para sair da escola, já terminadas as aulas.
– Eu não posso acreditar numa coisa dessas. – Lamentou-se. – Justo quando eu crio coragem, eu não consigo falar com...
Diego nunca chegou a terminar aquela frase. Enquanto descia, viu Letícia na entrada do pátio com uma amiga. Era raro ver Letícia naquele horário, sua saída era uma aula antes da do garoto.
– Vai lá. – Disse Ariadne, e como Diego não se mexeu, empurrou-o: - Vai!
Diego retomou o passo, vacilante, mas em direção à garota com quem vinha tendo desejos, sonhos e devaneios por dois meses. O que diria?
– Oi, Letícia. – Disse com a voz tremida.
– Oi, Dí. – Cumprimentou a garota animada. – Tudo bom?
– Aham. Então... Tá a fim de ir no shopping sexta?
O convite veio de uma vez, e Letícia pareceu surpresa de recebê-lo assim, na frente de uma amiga.
– Ah... Tudo bem. – Respondeu a garota. – Qual shopping?
– Center Nort, seis horas, ali na frente da bilheteria do cinema. Pode ser? – Perguntou Diego depressa. Queria acabar com aquilo rápido.
– Tá, OK. – Respondeu Letícia sorrindo. – Me passa seu celular?
– Ah, claro. 9162-6340.
Letícia anotou o número no próprio celular e confirmou data e local do passeio. Diego confirmou, sorriu discretamente e saiu de perto da garota. Encontrou Ariadne e Danielle com quem foi contar o que acabara de acontecer, mas com uma renovada expectativa.
A Quinta passou muito mais tediosa que os dias anteriores, assim como a manhã de Sexta. Diego não agüentava de ansiedade, estava pronto quase duas horas antes da hora marcada e chegou ao Shopping com meia hora de antecedência. Não trocara nem uma palavra com Letícia na escola, além dos “Oi’s” e tinha um certo medo de que ela não fosse.
Ela foi. Chegou um pouco atrasada, mas foi.
Estava mais linda que o habitual, usando um vestido tomara-que-caia bem simples de cor azul claro e para combinar, ou não, um All Star preto básico, ao estilo It Girl, impressionantemente linda. Não usava nada os cabelos, o efeito do corte repicado e a franja somados à coloração escura eram suficientes para torná-la a garota mais bonita naquele shopping ou até na cidade, e Diego não podia tirar os olhos dela.
– Ai, desculpa o atraso, Dí. – Desculpou-se ela.
– Tudo bem. – Respondeu Diego sorrindo, embora estivesse um pouco nervoso.
– Então... – Começou a garota parecendo um pouco ansiosa, mas concluiu sorrindo. – Vamos tomar um sorvete?
– Uhum, vamos sim. – Respondeu Diego agradecendo que ela tenha perguntado algo simples.
O sorvete veio a calhar, logo estavam conversando livremente, um pouco tímidos é verdade, mas conversavam bem. Era fácil falar com Letícia, ela falava de tudo e sem dificuldades de começar um assunto quando ficavam em silêncio. O sorvete acabou e eles foram dar uma volta pelo shopping enquanto a som ambiente tocava I Don’t Want To Miss A Thing do Aerosmith.
Logo o shopping se tornou pequeno e Letícia queria dar uma volta pela rua. Subiram pela Avenida Otto Baumgart e antes da primeira esquina, após uma breve narrativa da garota de como fora seu primeiro namoro, Diego perguntou com ar inocente se ela não estaria a fim de começar um relacionamento por agora.
– Ah... Você diz, começar um namoro?
– Pode ser. – Respondeu displicente
– Ah... – Respondeu sorrindo. – Talvez com a pessoa certa.
– E como você saberia se encontrasse a pessoa certa?
– Não sei. – Respondeu a garota parando de andar.
Um passo a frente, Diego olha para Letícia. Muito linda. Voltou ficando de frente para ela, que encarava o chão com o olhar um pouco perdido. Diego segurou as mãos da garota e ela não resistiu, se aproximou mais e pôs as próprias mãos na cintura da garota, aproximou seu rosto do dela. Beijaram-se então, a boa dela era levemente adocicada e muito gostosa. Ela tinha a pele macia, delicada. Diego estava no paraíso e teria dado sua bicicleta para fazer com que aquilo não parasse nunca. Ela passava a mão por suas costas e ele correspondia trazendo-a mais para perto.
espero que gostem e bla bla bla =p
3 comentários:
Eu gostei Chu do seu texto.
Você tá desenvolto no escrever, que beleza, parabéns...
Até amanhã.
Você sempre conversa com as meninas sobre relacionamentos anteriores e termina pedindo pra namorar/ficar com elas?(vide texto da A. e História de um Xaveco)
Momento eterno vale uma bicleta?hahhahahahahaha estou má hoje!
mas gostei da sua descrição do beijo,foi fofo.
Ae Chu agradeça ao comentário da Lidia pq foi só pelo comentário dela que eu li o post... ja tava pensando até no comentário "Não li o post por preguissa mesmo e fod..."
Mas ... se ta mesmo melhorando ... nem fiquei cansado de ler o post =P
Eu não achei a discrição do beijo muito boa e ... sei la mas ... o resto do texto bom .. e .... não pude deixar de imaginar o Esmeralda e o final do texto na pracinha da emdurb ... mas .. blz ..=P
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