segunda-feira, 21 de junho de 2010

"O problema é a falta de paixão que dá...

...quando nos deixamos levar pelo terrorismo e pela pressão"
Ouvi um número assustador de pessoas desabafando suas lamentações de uns tempos para cá e decidi escrever sobre meu ideal de postura para uma determinada espécie de frustração que pelo que percebi é razoavelmente comúm por aí.
Sou alguém que se encontra, não desesperado, mas desequilibrado com frequência, principalmente por não estar padronizado nas tão questionáveis crenças populares e ter de conviver com indivíduos que tendem a valoriza-las, não por lógica, mas por conveniência, como é de costume dos mais cômodos.
Afirmando essa instabilidade, posso declarar seguramente que entendo alguns sentimentos alheios, quando percebo seus sintomas, como os de uma doença que já me é familiar. Entretanto tentarei, neste texto, transcender os sentidos a fim de sintetizar uma análise fria, porém inspiradora, sobre os vícios hormonais, os quais são tão profundamente conhecidos pelos jovens adultos.
Existe todo um fundamento químico que justifica essas ocorrências emocionais desconfortáveis e isso explica porque problemas como a depressão, por exemplo, devem ter tratamentos tão cuidadosos.
Meu pai, certa vez, definiu esse estado de espírito na frase 'falta de paixão', ou seja, trata-se de um desinteresse generalizado, sendo o mesmo baseado no vício de focar-se num objetivo de maneira tão intensa, que pouco saudável. Independente desse motivo primário da apatia, é necessário recusar o perfeccionismo e aderir com gosto a paciência e a tranquilidade. Logo, a causa primária do problema deve ser completamente desvinculada de impulsos e imediatismo.
Há altos riscos de adiamento da melhora quando nos desesperamos e recorremos de maneira afoita às opiniões alheias sobre nosso desequilíbrio, o que causa confusão e ainda mais insegurança, uma vez que muitos dos conselhos recebidos terão divergência intensas entre si.
No lugar dessa reação desengonçada, poderíamos recolher algumas perspectivas de fora, porém sem compromisso de encontrar uma solução imediata, e então usar do próprio tato para construir uma conclusão sobre possíveis reações para combater o problema que fere nossa estabilidade.
O controle e a paciência são essenciais porque trabalhamos com problemas provocados, em parte, pelo nosso próprio sistema interno. Como buscar soluções para nossas situações de risco utilizando uma mente já desorganizada? Eu costumo usar um método um tanto quanto passivo para muitos, mas o adapto numa prática bem robótica e artificial, pois, como já comentei, devem ser evitados ao máximo as situações de descontrole e para isso prefiro recorrer a mentalidades radicais. Assim, portanto, conseguiríamos tocar a vida em situações de pressão e de pouco tempo disponível para a decisão de uma reação.
Primeiro vamos construir a ideia de que todo problema complexo é composto por uma parte pessoal, algo interno e difícil de alcançar a ponto de remodelar, e isso desencadeia consequências desagradáveis no meio externo.
Essa elevação a nível material aumenta as dificuldades, já que agora haverão fatores no ambiente que se relacionarão com o problema, o que causa uma terrível sensação de pressão.
O método propriamente dito baseia-se no completo desrespeito a determinados sentimentos, ou seja, abrimos mão da nossa teimosia perfeccionista e dedicamos toda nossa energia para contruirmos uma postura puramente racional, sendo esse um artifício temporário capaz de resolver problemas práticos e materiais.
A parcela das nossas dificuldades que estão relacionadas com problemas pessoais, como num exemplo típico de encarar uma paixão não correspondida, provavelmente terá facilitada a sua resolução após a parte secundária do problema ter uma reação esboçada.
Portanto, acredito que quando nos sentirmos num beco sem saída, ao invés de nos aventurarmos por tentativas de solucionar tudo de maneira definitiva, devemos abraçar a ideia de desfazer essa pilha de preocupações de cima para baixo, respeitando o tempo necessário para tratar de problemas pessoais e reagindo de maneira energética na parte prática. Tudo sempre para que essas tentativas não motivem desespero, pois dele, evidentemente, só surgem situações caóticas.

13 comentários:

Kryan Simmons disse...

Kra discordo desse método. Achei muito teórico para uma coisa que não tem teoria, como os livros de auto-ajuda que tentam achar uma "fórmula de sucesso profissional" ou os livros para jovens empreendedores que trazem chavões como: seja proativo, pense como dono, pense fora da caixa, tenha diferencial e etc.

Chala disse...

não é a intenção ver alguém aderir isso que eu escrevi, até porque seria muita metidez, né.
o intuito era trasmitir a ideia de que impulsividade nunca é, na minha opinião, a escolha correta.

valeu por ler ^^

Purple-Headed Tang Chasa disse...

Bom ... eu concordo com o Bruno e achei o texto meio rígido de mais pra um assunto que é tão subjetivo.
E ... eu também descordo da idéia por que sou um cara que cede pouco a impulsividades e as vezes sinto um pouco de falta dela na minha vida ...

Kryan Simmons disse...

Realmente, impulsividade pode trazer más escolhas. Mas ela também é um dos elementos fundamentais do nosso aprendizado, na minha opinião, claro.

Ariadne disse...

eu discordo principalmente na parte da impulsividade.
por mais que as vezes ela traga más consequências, tem vezes que ser impulsivo faz bem e pensar demais traz arrependimento, eu sou super impulsiva e seria hipocrisia dizer que fazer as coisas de arrombo teve só partes ruins.

Chala disse...

concordo que faz parte do aprendizado, mas não deve ser a intenção de alguém na hora de tomar uma decisão, agir pelos sentimentos (pra mim isso é ser impulsivo)... se eu pudesse, nunca agiria dessa maneira, mas não sou forte assim, ninguém é, afinal.

Acredito também que todos têm um teórico sobre cada assunto...
Tenho noção que ninguém vai aprender nada nesse texto, eu esperava ver alguém se identificando, mas não rolou. Todo mundo gosta de admitir que o teórico não corresponde ao prático, e eu CONCORDO, mas a intenção era exemplificar o ideal, porque ele existe.

tudo isso, lógico, só na minha opinião ^^

Kryan Simmons disse...

Eu entendi o que vc quis dizer Felipe G. Você é um Weberiano? Porque soou como um no texto. E sabe como é, um sempre reconhece o outro. Sei que é um jeito parametrizar as coisas, só não pude deixar de dar minha opinião xD

Mariane disse...

Acho uma porcaria quem fica dando nome aos bois, tipo 'vc é weberiano? vc é marxista?'. puta coisa de pseudo-intelectual tonto.

Purple-Headed Tang Chasa disse...

AUHuahuahuahuhuahauahua

... eu gostei do comentário do Bruno ... achei pertinente.

Kryan Simmons disse...

Nome aos bois? Pseudo-intelectual? É bem possível que ele seja um leitor de Weber, porque eu deveria deixar de descobrir isso?E se me render uma boa amizade com boas conversas? Ou se eu aprender novas coisas com isso? Deveria desperdiçar todo esse potencial? Só pra manter alguma aparência? Quem é pseudo-intelectual?

nadamuitoriginal disse...

Segundo os arte-educadores essa é a parte Classificatória dos visitantes, onde o que interessa é descobrir o movimento, a data e o artista que fez a obra e só depois, quem sabe, ver a obra...
Para eles, essa fase não é nem melhor e nem pior que as outras, é uma fase.E que dependendo do nivel de aprendizagem, todos devem passar.



aehueahueahuehueueau

(esse negócio tá ficando muito intelectual-sério :P)

obs: essa teoria existe.

Purple-Headed Tang Chasa disse...

Nossa !! que interessante Gi ... ta ai uma parte de estudos artísticos que eu não conhecia ...

Cauê Chu'bS disse...

ta ai uma coisa q eu presumia a existencia