O 3º Batalhão do G.A.T.E. estava reunido em uma sala do DP recebendo instruções do Capitão Machado. Ele falava de ações táticas em espaços fechados como bancos, por exemplo, mas foi interrompido pela chegada de um Tenente da PM.
– Com licença, Capitão. – Disse o Tenente. – Tenho um recado para o André. Em particular, Senhor.
Machado fez sinal positivo para André, que agradeceu e saiu da sala.
– Sim, Tenente?
– André. Acharam a bolsa da sua filha. – E antes que André pudesse falar, completou. – Encontraram tem umas duas horas, com um playboyzinho perto de Osasco.
– E ele?
– Tentou reagir a abordagem da PM com um cano de ferro. Relataram que estava drogado.
– Foi preso?
– Não. – Respondeu o Tenente com um pedido de desculpas no olhar.
– Ele agrediu a minha filha! – Disse André indignado.
– É verdade. Mas se me permite dizer, Soldado, ele pagou fiança “adiantado” a alguém quando chegou na delegacia. Só estou dizendo o que ouvi dos policiais que o abordaram. Aliás, a bolsa será trazida para você mais tarde.
André pensou um pouco antes de perguntar:
– Quem é o moleque?
– Não sei o nome, mas devem ter registrado na ficha criminal.
– Eu quero o endereço desse cara.
– André, esse não é o melhor jeito. – Disse o Tenente, mas André agora ouvia muito pouco.
– Você tem filhos, não tem?
– Tenho sim, Soldado.
– E se fosse um dos seus?
O Tenente não respondeu, o que não poderia ser melhor confirmação de que concordava.
– Muito bem, então. Te trago o endereço do cara junto com a bolsa.
– Obrigado, Tenente.
Danielle saiu da escola e foi visitar Ariadne no hospital sem nem almoçar. Estava ansiosa para ver a amiga e pedir desculpas por não ter ligado.
Quando entrou no quarto, se deparou com um garoto que não conhecia. Este conversava com Ariadne demonstrando intimidade. Nenhum dos dois percebeu a chegada de Danielle, que se anunciou com um “oi” tímido e fraco.
Ariadne respondeu com um gesto mínimo e Diego a cumprimentou um pouco surpreso. Ariadne apresentou os dois e voltou a conversar com Diego.
– Ah, Di. – Disse Ariadne olhando para Danielle rapidamente ao falar o nome do amigo. – Você não teve culpa.
– Não, bebê. Eu devia ter ido atrás de você. Se eu não te conhecesse como eu conheço, teria te levado pra casa. Mas você faz tanta questão de ser teimosa. – Respondeu ele alisando os cabelos dela.
– Desculpa, Di... – Pediu Ariadne olhando para Danielle novamente.
– Só se você me prometer que das próximas vezes que a gente sair, você me deixa te levar até em casa.
Ariadne concordou com um brilho diferente no olhar e ainda mantendo os olhos em Danielle.
Esta brincava com o cabelo, como se quisesse fazer parte da paisagem, enquanto olhava para o chão, mas sempre lançando rápidos olhares para a amiga.
Ariadne e Diego conversaram mais um pouco. Diego não desviava o olhar de Ariadne e esta o alternava entre ele e Danielle, que continuava mexendo no próprio cabelo.
– Bebê, posso ir agora? Falei pra minha mãe que ia almoçar em casa...
– Ah... Tem que ser agora? – Perguntou Ariadne.
– Desculpa... Eu volto à noite.
– Promete?
– Prometo.
– Tá bom, Di. Manda um beijo pra sua mãe.
– Quem era seu amigo, Ari? – Perguntou Danielle, quando Diego já havia ido embora.
– Ah, o Di... – Respondeu Ariadne displicente.
– Ele tava com você no dia do assalto?
– Tava. A gente tinha ido ao cinema. – Disse mantendo o tom anterior.
– Vocês...
– Só um beijinho. Nada demais.
– Faz tempo que vocês se conhecem?
– A gente namorou um tempinho ano passado, mas ainda sai de vez em quando, mesmo tendo terminado.
– Você gosta dele?
– Não tem como não gostar, ele é legal comigo, me trata bem, sempre me liga...
– Ah é, essa história de ligar...
– O que tem?
– Eu não liguei por isso. Sei que sou a primeira garota com quem você fica e não tava afim de ser só uma aventura. Queria algo sério, mas já vi que você não pensa assim.
Ariadne não sabia o que dizer e Danielle não estava disposta a facilitar. Esta ia saindo pela porta, quando Ariadne a chamou.
– Eu fiz besteira, me desculpa!
– Pensa bem. – Respondeu Danielle de costas. – Vai que você muda de idéia...
Danielle passou por Vanessa quando saía. Esta cumprimentou a outra, mas não teve retorno.
– Nessa, que bom que você veio! Tá com o celular?
– Quê?
– Dá o celular!
Vanessa entregou o celular sem muita certeza do por que. Ariadne discou o número de Danielle decidida. Não sabia o que ia falar, não sabia se aquela dor que sentia era falta de analgésico. Só sabia que precisava dela, precisava ouvir a sua voz e, mais do que tudo naquele momento, sentir o seu toque macio.
Ela atendeu ao telefone, mas ao ouvir a voz de Ariadne desligou o aparelho sem dizer nada.
Ariadne sentia uma profunda tristeza. Desabafava com Vanessa, mas não era suficiente. Queria muito falar com Danielle, que não atendia ao telefone. Será que ela chorava como Ariadne neste momento?
André saiu do DP e foi diretamente ao hospital levar a bolsa para a filha, que ainda chorava quando ele entrou.
– Ariadne... – Chamou. – Tudo bem?
– Sim. – Mentiu ela tentando parar de chorar.
– A Dani veio?
Ariadne acenou com a cabeça, sem conseguir responder verbalmente
– Aconteceu alguma coisa?
Ariadne fez que não.
– Vanessa, por favor, nos deixe um minuto.
Vanessa obedeceu imediatamente.
– Ariadne, – Retomou André. – talvez não agora, que eu tenho um pouco de pressa, mas qualquer coisa que queira me dizer vá em frente e diga. Quando você fica triste eu também fico.
Ariadne não falou e nem demonstrou vontade de falar. André como havia dito tinha um pouco de pressa e não esperou muito mais. Entregou-lhe a bolsa, que ainda tinha os documentos da garota, e foi embora.
André se dirigiu à loja de armas onde comprou o M4, para comprar o G3 SG1 que foi oferecido da outra vez.
O vendedor não questionou o fato de André estar comprando um rifle que há duas semanas não tinha dinheiro para comprar e vendeu a arma, quatro pentes e mais cem cartuchos, somando onze mil quinhentos e vinte reais, que André pagou à vista com cartão.
Não era complicado chegar à casa do “playboy”. André chegou lá por volta das 20:00. Bateu na porta e esperou até que uma mulher com seus quarenta e poucos anos atendeu à porta. André estava com o equipamento tático completo, incluindo a balaclava, o que fez a mulher se recusar a deixá-lo entrar. Com paciência e um pouco de persuasão, André conseguiu permissão para entrar na casa e falar com o garoto.
A mulher, mãe do garoto, esclareceu que ele já prestara depoimento na delegacia e fora liberado, ao que André respondeu que ele seria submetido a outro interrogatório e ele, André, levaria o garoto sozinho.
Ela resistiu, fazendo André usar spray de pimenta nela para poder pegar o garoto, que descera a escada perguntando à mãe o que estava acontecendo.
André pegou o rapaz pelo pescoço enfiou a pistola na sua cara e o fez sair da casa. Algemou-o e o fez entrar no carro. André sentou ao volante e foi para o local do assalto, dito por Wesley e Bruno. Tratava-se de uma rua pouco movimentada, onde André tirou o garoto do carro e deu a primeira coronhada na testa.
– Você lembra do que fez aqui na noite de ontem? – Perguntou André muito nervoso ao garoto caído no chão.
– Não senhor.
André deu a segunda coronhada e repetiu a pergunta com mais força.
– Não fiz nada, senhor, eu sou estudante!
– Estudante, é? Seu maconheiro desgraçado! – Xingou dando a terceira coronhada.
– Tá bom, senhor. Eu bati numa menina. – Respondeu chorando.
– Com o que, seu desgraçado? – Perguntou André dando um soco na boca do rapaz.
– Com um cano! Um cano! – Respondeu virando de bruços.
– Não vai virar as costas pra mim, não, seu otário! – Disse André dando outra coronhada na nuca do garoto.
O “playboy” escondia o rosto ensangüentado com os punhos algemados enquanto chorava.
– Você bateu numa menina com um cano só pra roubar ela?
– Sim, senhor, foi só isso!
– Como só isso? – Perguntou gritando e batendo no garoto mais um pouco. – E se você matasse ela?
– Perdão, senhor!
– Perdão é o cassete! Quanto você pagou pra ser liberado?
– Duzentos, senhor. – Respondeu desesperado.
– Prefere ser preso ou continuar apanhando?
– Sou estudante, senhor, não posso ser preso.
– Ah não?!
André foi até o carro e pegou o recém-comprado G3. Um senhor passava por eles, mas não gastou muito tempo para ver a cena.
– Pode olhar, senhor. É a justiça sendo feita! – Gritou André para o homem, que não olhou para trás e nem demonstrou vontade de olhar. E voltando-se para o garoto. – Vou perguntar de novo. Apanhar ou ser preso?
– Por favor, senhor...
André deu outra coronhada, mas desta vez com o rifle, talvez tivesse quebrado a mandíbula do outro.
– Apanhar ou ser preso?
Como o outro não respondeu. André deu alguns chutes em seu corpo. André o ergueu e encostou-o na parede. Deu duas coronhadas com o rifle em seu nariz e em seguida outra da esquerda para a direita. O garoto foi novamente ao chão.
– Sabe por que você não vai ser preso? – Perguntou num sussurro ao ouvido do outro. – Porque não vai sobrar você pra colocarem numa cela. Você perdeu.
André levantou e chutou o rosto do garoto.
– Sabe o que mais me incomoda agora? Você virou a vítima. E por você, seu playboyzinho de merda, se eu te mato, amanhã ou depois tem passeata pela paz. – Disse com um sorriso nervoso. – Não é irônico?
André pegou a pistola, engatilhou e mirou.
mais uma vez, tive ajuda da própria Ari.
desta vez na parte que a Dani conversa com a Ari no hospital
nom consta aki, mas resumindo:depois d a Ari ser levada ao hospital, a Camila ligou para a Dani a fim de saber sobre a Ari, que nom chegava em casa e nom atendia ao celular. assim descobriu que a Ari tinha sido agredida, contou para André e ambos sairam a procura dela. como André é policial, não demorou mto para axa-la, se dirigindo ao hopital em seguida. lá Camila ligou para Dani e contou onde Ari estava.
Dani foi ve-la no dia seguinte (segunda)
vlw gente
obrigado pelo apoio
12 comentários:
Apesar da atitude do André parecer exagerada a primeira vista eu acho que é totalmente conpreensivel tendo em vista seu passado ( mesmo que não muito bem explicado) e seu atual emprego ( também não muito bem explicado), funções essa que fazem com que ele conviva muito com a vilencia e acaba por banaliza-la.
A cena da Justiça sendo feita ficou boa apesar da grande influência de Tropa de Elite, o que incomodou .. e incomodou muito auhauhauhuha
A cena inicial desse "pequeno" trecho da Saga de Ariadne(=D) foi boa para mostrar a Ariadne como uma menina com passado amoroso e mostrar mais uma vez como a Dani é emotiva e não seca e dura ( no bom sentido) como eu tendo a imaginar.
E pra finalizar ... que puta quebra de clima foi esse final com o texto num momento decissivo e derrepente vem um " A Ari me ajudo ..." a chu vai to....
fera eu tava quase dormindo qdo escrevi a parte q a Ari ajudo e eu precisava dah continuidade.
mas whatever, jah falei q esse texto tem co-autoria dela
ele (na íntegra) não existiria sem ela
e mesmo assim tah bom, entao otimo xD
about a violencia banalizada a lidia comentou, qdo eu disse q tinha escrito (ela nao leu, soh sabe o q eu escrevi), que eu gostava d violencia então esse pedaço era bem a minha cara.
então eu disse:
e se fosse sua filha?
ps: cometi um erro grave e soh percebi agora =X
posto d novo qdo corrigir o erro
axei q o post tava mto pequeno e resolvi amplia um poko xD
le o começo do post
vai ajuda a entende a reação do André
principalmente qto à justiça sendo feita
o q apesar d bastante referencial nom sofreu nenhuma influencia do filme citado =/
qto a Dani seca e dura: Hum ADOOOOOOOOOORO 8D
malz, num podia perder a piada
o passado do André é uma incognita no texto, pq como escrevo sem roteiro certo as vezes fika dificil encontrar brechas para flashbacks, mas acredito q em breve teremos alguma explicação no texto original
outra coisa q não ajuda mto, o texto original tem no exato momento em que escrevo exatamente 24 páginas e nom foi postado na integra
originalmente falando, postei a primeira vez pq tinha acabado d me tornar membro e queria fazer um teste, mas a brincadera foi legal e eu acabei pegando gosto por postar pequenos trechos da história
e diga-se de passagem esses trechos estão fikando cada vez maiores xD
ma enfim
a medida que o texto cresce necessita mais referencias d escritos anteriores, por isso apresenta-se uma falha sobre o André
levemos em conta tbm q no blog postei quase exclusivamente sobre a Ariadne
mas respondendo:
André é um soldado 1ª classe do 3º Batalhão do G.A.T.E. (Grupo de Ações Táticas Especiais) especialista em tiros de longa distância.
isso está presente no texto, em algum lugar
qto a origem da Ariadne
prefiro nom comentar ainda, mas jah pensei sobre
Com certeza quebrou esse final.A cena de violência não foi surpresa,já que você tinha me descrito ela quase inteira.Bastante parecido com Tropa de Elite(olha que não ví o filme,sei pelo tanto de comentários que ouvi) e com certeza com muuuuitas frases próprias.A parte da Ari está bem interessante.E nem fica claro que existe uma certa inspiração na vida real(nomes)
=D
gente axo q num to entendendo o final quebrado .-.
seria o fato da Ari me ajuda ou eu entendi errado??
"Ela resistiu, fazendo André usar spray de pimenta nela para poder pegar o garoto,"
O.O"
To com medo quando chegar meu nome nessa história (se chegar). =S
"Dani é emotiva e não seca e dura ( no bom sentido)" aeueahuaehuaehuaeeauh
Ééé! esse final com a Ari me ajudou quebra tudo (parece início de funk).
Mas tá bom, fico ansiosa para as continuações. Principalmente da parte da Dani e Ari...o André é muito violento e tem muito termo técnico chato...
Enfim... legal! =D
violento? D:
qual é gente
e se fosse filho/filha d vcs?
eu faria pior
ai que horror...eu faria nada de terrível, acho...não sou mãe pra saber.. ^^
A Chu a atitude do André pra min só se justifica pelo meu primeiro argumento da banalização que a violência passou na cabeça dele.
Pais ficam furiosos mas espancar um muleque que nem o André fez não rola tão facilmente.
capEtei, Lhamo
num tava pegando o q vc qeria dize, ma faz sentido
mto sentido
mas nu lugar dele eu inda assim faria pior
Bom Chu ... para essas coisas você não é lá muito um padrão. =P
Postar um comentário